A imagem retirada das águas do rio Paraíba em 1717 mede quarenta centímetros de altura e é de terracota, ou seja, argila que após modelada é cozida num forno apropriado.[6]
Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a
analisaram ,acredita-se que originalmente apresentaria uma policromia, como era costume à época, embora não haja documentação que comprove tal suspeita.[6] A argila utilizada para a confecção da imagem é oriunda da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo.[6]
Quando recolhida pelos pescadores, estava sem a policromia original,
devido ao longo período em que esteve submersa nas águas do rio.[6] A cor de canela que apresenta hoje deve-se à exposição secular à fuligem produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros, acesas por seus devotos.[12][6]
Através de estudos comparativos, a autoria da imagem foi atribuída ao frei Agostinho de Jesus, um monge de São Paulo conhecido por sua habilidade artística na confecção de imagens sacras.[1][6]
Tais características incluem a forma sorridente dos lábios, queixo
encravado, flores em relevo no cabelo, broche de três pérolas na testa e
porte empinado para trás.[6]
O motivo pelo qual a imagem se encontrava no fundo do rio Paraíba é
que, durante o período colonial, as imagens sacras de terracota eram
jogadas em rios ou enterradas quando quebradas.[13]
Em 1978, após sofrer um atentado que a reduziu a quase duzentos fragmentos, a imagem foi encaminhada a Pietro Maria Bardi, à época diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP), que a examinou, juntamente com João Marinho, colecionador de imagens sacras brasileiras.[6] Foi então totalmente restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica Maria Helena Chartuni.[6][14]
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